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Até onde vão os riscos de HSSE da sua empresa?

Essa pergunta pode parecer simples, mas nem todas as empresas são capazes de responder com clareza e objetividade. HSSE vem da sigla em inglês Health Safety Security Environment, que em tradução livre para o português é “Saúde, Segurança e Meio Ambiente”.

Portanto, seja qual for a área de atuação da sua empresa, ela provavelmente traz algum impacto social, ambiental ou de segurança que pode ocorrer em algum momento desde seu planejamento até sua operação. O que pode se tornar um risco se não for identificado e gerenciado.

A boa gestão de qualquer empresa deve passar pela identificação e gestão dos riscos que possam ser gerados pelo empreendimento. É preciso entender e conhecer quais são os impactos sociais, ambientais e de segurança, que podem estar envolvidos em cada etapa do processo de instalação e operação.

Somente com base nesse conhecimento que é possível avaliar e planejar as melhores ações que devem ser desenvolvidas para potencializar aqueles considerados positivos e minimizar e mitigar os considerados negativos. E, dessa forma, contribuir para a gestão mais segura, eficiente, sustentável e econômica de uma empresa.

Por isso, a gestão dos riscos de uma empresa passa pelo entendimento do contexto em que o empreendimento está inserido, isto é, ambiental, social, político, econômico e gerencial. Uma vez que eles podem estar presentes em movimentos sociais e políticos, na opinião pública sobre as atividades desenvolvidas, condições ambientais identificadas em estudos para obtenção do licenciamento ambiental, mudanças no planejamento e gerenciamento da própria empresa, entre outros.

Portanto, além da identificação é fundamental que a empresa pense no gerenciamento de cada risco encontrado. Atuando na sua mensuração, avaliação, monitoramento, controle e mitigação.

Isto é possível com controles internos eficientes que atuam na redução da volatilidade e racionalização de processos e recursos, passando por:

  • Treinamento em análise de riscos;
  • Análise de Vulnerabilidade;
  • Análise Quantitativa e Qualitativa de Riscos;
  • Identificação e levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais;
  • Suporte no Processo de Gestão de Risco e sua ligação com os planos de emergência;
  • Elaboração de Estudos de Segurança para mitigação de riscos (análises de propagação de incêndio, explosão, posicionamento de detectores, análise de abandono e evacuação, entre outros);
  • Avaliações qualitativas e quantitativas de riscos, tais como: HAZID, APP/APR, Bow Tie, FMEA/FMECA.

 

Agora que você entendeu um pouco mais sobre gerenciamento de risco, você consegue responder até onde vão os riscos da sua empresa?

A Aura Gestão Socioambiental possui credibilidade na consultoria para identificação e gerenciamento de riscos que pode ajudá-lo a completar as respostas para essa pergunta.

Design sem nome (26)

28 de Abril – Dia Internacional das Vítimas de Acidente de Trabalho

Uma data de respeito, mas não de comemoração.

O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.

A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969. A OIT, desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador.

Desde maio de 2005, o dia 28 foi instituído no Brasil por meio da Lei nº 11.121.

O Brasil é um dos recordistas em acidente de trabalho no mundo. E isso não é um dado a ser comemorado, ao contrário. Muito menos a data é comemorativa.

Segundo o estudo da OIT, o Brasil ocupa o 4º lugar em relação ao número de mortes, com 2.503 óbitos. O país perde apenas para China (14.924), Estados Unidos (5.764) e Rússia (3.090).

Os dados estatísticos de Acidentes de Trabalho de 2011 divulgados pelo Ministério da Previdência Social indicam, em comparação com os dos anos anteriores, um pequeno aumento no número de acidentes de trabalho registrados.

O número total de acidentes de trabalho registrados no Brasil aumentou de 709.474 casos em 2010 para 711.164 em 2011.

O número de óbitos também registrou aumento: de 2.753 mortes registradas em 2010, o número subiu para 2.884 em 2011. O número de acidentes típicos seguiu a mesma tendência, os quais passaram de 417.167 em 2010 para 423.167 registros em 2011.

Já os dados apurados pelo Ministério da Previdência Social quanto às doenças ocupacionais registram queda: de 17.177 em 2010 para 15.083 em 2011.

Analisando as 5 macrorregiões demográficas, a região Sudeste conta com o maior número de acidentes de trabalho, com um total de 387.142 ocorrências, cerca de 70% do total nacional. Em seguida, a região Sul registra 153.329 casos, a região Nordeste 91.725, região Centro-Oeste 47.884 e, por fim, região Norte, com 31.084 acidentes.

Como visto, a data foi criada muito mais com o propósito de ALERTA do que de comemoração.

Anualmente milhões de vidas são perdidas em decorrência de Acidentes de Trabalho que poderiam ser evitados caso houvesse efetiva fiscalização dos órgãos competentes e interesse de toda sociedade civil.

Só temos ideia da magnitude da situação quando “a situação de fato bate à nossa porta”. Não é incomum conhecermos “alguém” que foi vítima de Acidente de Trabalho, seja em grande ou pequena proporção.

De fato temos que utilizar da data do dia 28 de Abril para homenagear todos aqueles de foram vítimas (fatais ou não) de acidente de Trabalho, mas principalmente, usar tal data para nos mobilizarmos e darmos um BASTA nas omissões relacionadas a segurança do Trabalho e que tanto refletem na vida de todos os trabalhadores.

Roberto Roche