Não tem como falar sobre qualquer assunto atualmente e não o relacionar ao momento que estamos vivendo, momento de pandemia, de isolamento social, de mudanças, de reflexão. E talvez muitos de nós não tenhamos nos dado conta, mas muitos conceitos e preocupações que envolvem a educação ambiental vem se manifestando mais veemente durante a pandemia do Coronavírus, como consumo consciente, mudanças comportamentais e de atitudes, responsabilidade socioambiental, proteção coletiva.
A Política Nacional de Educação Ambiental é um marco importante para a questão no Brasil, pois foi em 1999 que tal política passou foi instituída no Brasil por meio da Lei n. 9.795 de 27 de abril. Contudo, a comemoração do dia foi instituída apenas em 2012, com a finalidade de reforçar a necessidade de existência de políticas públicas para uma educação social sustentável.
A Política prevê em seu artigo primeiro que “entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
As hortas comunitárias são espaços que imprimem bem essa integração entre a sustentabilidade e a socialização da comunidade, são inúmeras iniciativas que se iniciam por todas as partes do mundo e esses espaços que são muito além de uma possibilidade para o cultivo de alimentos, são catalizadores de relações sociais que são produzidas a partir de uma demanda concreta, a alimentação.
Um dos objetivos fundamentais da educação ambiental é o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. E parece evidente que estamos vivendo algo que impactará grandemente nossa percepção e nossa relação com o meio ambiente e com a educação ambiental.
Podemos compreender então que a Educação Ambiental não se limita apenas ao ambiente escolar padrão, sendo muito mais ampla e de responsabilidade coletiva entre toda sociedade. Porém, é importante que o poder público pense formas de incentivar pautas que sejam voltadas à preservação, potencializando as ações já existentes que convergem para nos aproximarmos dos objetivos e metas previstos na Agenda 2030.
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